A Fundação Alfredo da Matta / Gerência de DST promoveu no dia 23 de fevereiro, no Auditório da instituição, o treinamento em serviço “Manejo clínico de antiretrovirais nos casos de acidentes ocupacionais”. O treinamento, voltado para os servidores da Fundação, teve como objetivo apresentar um fluxograma com as condutas a serem adotadas em casos de acidentes de trabalho envolvendo material biológico, mais especificamente quando há risco de contaminação pelo vírus HIV.
Segundo a médica responsável pela apresentação, Dra Lilia Roy, por prestar atendimento a pacientes portadores do HIV e por ser uma unidade de referência nesta área, a Fundação Alfredo da Matta precisa estar preparada para um possível acidente envolvendo seus profissionais, embora todos estejam bem orientados e conheçam as práticas de biossegurança.
Os procedimentos para atendimento de servidores acidentados foram padronizados para dar uma melhor assistência aos profissionais em casos de emergência, garantindo-lhes a tranquilidade de estarem sendo assistidos da forma mais adequada. Com o fluxograma definido, a Gerência de DST partiu para um segundo passo: disseminar a informação para os profissionais da Fundação, por isso a idealização do treinamento.
Fluxograma
O Fluxograma FUAM para condutas frente a acidentes com material biológico descreve claramente uma sequência de ações a serem tomadas em casos de acidentes, as quais devem ser iniciadas tão logo ocorra o problema.
Antes mesmo de pôr em prática as ações previstas no fluxograma, a primeira orientação dada, durante a palestra, diz respeito aos cuidados com a área acidentada. Se a exposição ao material biológico se der com a perfuração da pele ou através de mucosas, deve-se lavar imediatamente o local afetado com água corrente ou soro fisiológico 0,9%, sem expremer a pele ou usar qualquer solução que a irrite, como substâncias cáusticas, para não aumentar a área lesionada e, consequentemente, a exposição ao material infectante. Já as situações em que a pele mantém-se íntegra ou sem machucados, demandam apenas a higienização do local com água e sabão, sem esquecer da notificação do acidente.
Os dois primeiros casos – perfuração da pele ou contato com mucosas – são os que irão demandar ações previstas no fluxograma. Após os primeiros-socorros, o acidentado deve notificar o caso para investigação de detalhes do acidente e a tomada de ações essenciais que podem ou não incluir a administração de medicamentos antoiretrovirais, num prazo máximo de duas horas. Por exemplo, quando o paciente/material biológico sabidamente não for HIV positivo, teoricamente não há necessidade de administração dos antiretrovirais, explicou a palestrante, porém a medicação sempre deve ser oferecida ao acidentado, por ser seu direito e por ser uma forma de dar maior tranqüilidade ao profissional.