Imagem: Divulgação Sociedade Brasileira de Dermatologia / Campanha 2012
Com a ideia de que a informação é a “chave” para combater o preconceito e a discriminação que sofrem os pacientes com psoríase, a Fundação Alfredo da Matta realiza dia 11 de abril, às 8 horas, no Auditório da instituição, palestra sobre esta doença de pele que é crônica, porém não contagiosa.
A médica Rossilene Cruz e o psicólogo Paulo Martins coordenam a atividade que tem como público alvo pacientes, familiares de pacientes e demais interessados em conhecer mais sobre o tema.
Segundo Paulo Martins, palestras como esta fazem parte dos serviços que a FUAM já oferece aos pacientes de psoríase, e que vão muito além do atendimento ambulatorial: os pacientes contam com o Grupo de Terapia de Psoríase, além do apoio às atividades realizadas pela Associação de Psoríase do Amazonas.
O Grupo de Terapia é coordenado pelo psicólogo Paulo Martins e conta com apoio de estudantes voluntários do curso de psicologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Atualmente, 18 pacientes divididos em dois grupos reúnem-se toda quinta-feira, no horário de 7h30 às 9 horas para sessões de terapia.
“Temos dois grupos com nove pacientes cada, mas a procura tem aumentado e a intenção é ampliar este trabalho”, afirma o Paulo Martins. A meta, ainda de acordo com o psicólogo, é ter um grupo de terapia a cada dia da semana, aumentando o número de pessoas beneficiadas.
Apoio psicoterápico faz toda a diferença
A psoríase é uma doença de pele crônica de causa desconhecida. São múltiplos os fatores que a causam: os de caráter hereditário e fatores ambientais como fumo, obesidade, consumo de álcool e estresse.
A doença é de diagnóstico simples: na maioria dos casos, basta um exame de pele para identificá-la e apenas alguns casos são diagnosticados através de biópsias. Apesar de fácil identificação é importante a avaliação de um dermatologista para não ser confundida com outras doenças de pele e levar o paciente a tratamentos inadequados.
Para os especialistas, além da intervenção medicamentosa, o acompanhamento psicoterápico pode ser muito importante para o tratamento, já que a doença normalmente causa um impacto social muito forte na vida do paciente. É importante para essas pessoas desenvolver estratégias que as auxiliem a enfrentar a doença e o preconceito, se adaptar e assim ter uma qualidade de vida melhor.
A psoríase não é contagiosa, no entanto, o aspecto que a doença deixa na pele de alguns pacientes causa desconforto e preconceito por parte daqueles que a desconhecem e acham que podem adquiri-la com o contato. Como se manifesta nas pessoas em sua fase produtiva (a faixa etária mais comum é antes dos 30 a após os 50 anos), o preconceito pode dificultar sua inserção no mercado de trabalho e muitas vezes levar a pessoa ao isolamento, deixando de frequentar certos locais públicos, por temerem a discriminação.
As lesões na pele chamam a atenção: são placas avermelhadas de tamanhos diversos, recobertas por “escamas” esbranquiçadas (na verdade, uma descamação da pele) e que podem ocorrer em qualquer parte do corpo, apesar de atingir mais áreas como cotovelos, joelhos, o couro cabeludo, unhas e articulações.
A doença não tem cura, mas é perfeitamente controlável com medicação, seja de uso tópico, medicamentos orais, injetáveis e/ou fototerapia, além do acompanhamento psicológico.
A psoríase atinge cerca de 3% da população mundial. Na FUAM, em média, são identificados cerca de 200 casos da doença por ano.
Serviço:
Palestra "Psoríase"
Data: 11 de abril de 2013
Horário: 8 horas
Local: Auditório Damião Litaif / sede FUAM (Rua Codajás, 24, Cachoeirinha)
Entrada gratuita / não é necessário fazer inscrições
Comunicação Social / FUAM
