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A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) recebeu na manhã desta segunda-feira (30/09) os bolsistas selecionados para o projeto AHF-Fuham, uma das ações previstas para a implementação do Centro de Ensino, Aprendizagem e Pesquisa em Infecções Sexualmente Transmissíveis “Walter Belda”. A criação do Centro é o resultado da cooperação técnica entre a “AIDS Healthcare Foundation – AHF Brasil” e a Fuham, e tem como objetivo melhorar o atendimento e manejo de pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) pelo Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo consultas, aconselhamentos e testes de diagnóstico.
“Tivemos hoje a apresentação dos bolsistas selecionados no processo seletivo para esse projeto e hoje eles estão aqui para conhecerem a diretoria da Fuham e para que eles se apresentassem também. Eles iniciam agora em outubro, em suas respectivas áreas de formação”, explica Camila Gurgel, coordenadora do projeto junto à Fuham.
A equipe engloba, além da coordenação, médico, enfermeiros, analistas laboratoriais e conselheiro, atividade exercida por psicólogo. Segundo Camila, as atividades previstas para o Centro são todas voltadas para o atendimento na área de IST e a equipe que assume suas atividades vem para somar junto à equipe da gerência de IST da Fuham, a qual realiza atendimento de segunda à sexta-feira, das 7 às 17 horas.
“As atividades são atendimentos na área de IST e é importante falar que o paciente não precisa passar por triagem, pode ir direto ao setor para o seu atendimento. Pelo projeto, no momento, a gente está em processo de implementação, teve essa contratação de pessoal, temos a compra dos insumos, os treinamentos que vamos ter; assim, até a gente começar de fato as coletas, ainda temos esse processo, mas eles [bolsistas] já iniciam os atendimentos, enquanto isso, eles vão ficar na assistência; os enfermeiros para consulta de enfermagem, para o diagnóstico de abordagem sindrômica, e o aconselhamento com a psicóloga, pois temos serviço de psicologia também”, complementa Camila.
Novo Centro
O novo centro, nomeado em homenagem ao renomado especialista Walter Belda, visa atender a uma ampla gama de pessoas sexualmente ativas, incluindo jovens, homens e mulheres cis, além de populações-chave como homens que fazem sexo com homens (HSH), mulheres trans, travestis, profissionais do sexo, pessoas em situação de rua e migrantes. A proposta é garantir que todos tenham acesso a informações e serviços de saúde adequados, contribuindo para a redução das taxas de Infecções Sexualmente Transmissíveis na região.
“Estamos comprometidos em criar um ambiente acolhedor e informativo, onde as pessoas possam se sentir seguras para buscar ajuda e orientação”, afirma Camila Gurgel “Acreditamos que a informação é uma ferramenta poderosa na luta contra as infecções sexualmente transmissíveis”, complementa.
Uma das inovações do Centro é a utilização de tecnologias avançadas para o diagnóstico das ISTs. O Allplex STI Essential Assay, por exemplo, permitirá a detecção de diversas infecções, como Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae e Trichomonas vaginalis, entre outras. Essa abordagem não apenas melhora a precisão dos diagnósticos, mas também acelera o tratamento, contribuindo para a saúde e bem-estar da população.
Além do diagnóstico, o Centro também se compromete a oferecer treinamento e capacitação para os profissionais de saúde, garantindo que a equipe multidisciplinar esteja sempre atualizada e preparada para atender às necessidades da comunidade. A inclusão dos bolsistas, profissionais de nível superior, é uma das estratégias adotadas para fortalecer a atuação do Centro.
Com a abertura do Centro de Ensino, Aprendizagem e Pesquisa em IST “Walter Belda”, a FUHAM reafirma seu compromisso com a saúde pública e a promoção do bem-estar da população. A expectativa é que, por meio de ações extramuro, eventos e campanhas de conscientização, o Centro se torne um referencial na luta contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis na Amazônia.
A comunidade está convidada a conhecer as instalações e os serviços oferecidos, que prometem transformar a abordagem em saúde sexual na região.
