A Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis / Regional Amazonas, em parceria com Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, está realizando no período de 05 a 08 de outubro de 2009, o Curso de Abordagem Sindrômica das DST/HIV/Aids, para profissionais de saúde do Distrito Sanitário da Zona Oeste de Manaus. São 25 profissionais em treinamento com o apoio da Fundação Alfredo da Matta, que disponibilizou sua equipe de profissionais para as aulas prático-teóricas.
As Doenças Sexualmente Transmissíveis são a principal causa de morbidez no adulto, sendo responsáveis por inúmeras mortes em todo o mundo. Apesar da incidência, vários problemas envolvem seu manejo, dentre os quais o desconhecimento da população quanto à forma de transmissão, o despreparo dos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico clínico, o custo elevado dos exames laboratoriais e a demora para iniciar o tratamento efetivo, possibilitando a disseminação da doença não tratada e o risco para adquirir a infecção pelo HIV. A mais grave continua sendo a Aids, que embora os coquetéis com drogas antirretrovirais tenham melhorado o padrão de sobrevivência, a doença não tem cura.
Em 1991, a Organização Mundial de Saúde (OMS) introduziu o conceito de Abordagem Sindrômica para atendimento do portador de DST em países em desenvolvimento. O método consiste em incluir a doença dentro de síndromes pré – estabelecidas, baseadas em sintomas e sinais, e instituir tratamento imediato sem aguardar resultados de exames confirmatórios. Sua aplicação parece racional para países ou regiões com poucos recursos, sem pessoal treinado e laboratório equipado.
Dados do Boletim Epidemiológico do Estado indicam que de janeiro a maio de 2009, no Amazonas, foram registrados no SINAN, casos de Aids em maiores de 13 anos, sendo 74 do sexo masculino e 32 casos do sexo feminino. Também foram registrados 08 casos em homossexuais, 05 casos em bissexuais, 42 casos em heterossexuais e 47 em usuários de drogas.
Na Fundação Alfredo da Matta, dados epidemiológicos de 2008, apontam: 141 casos de corrimento cervical, 550 casos de corrimento uretral, 25 casos de corrimento vaginal, 344 casos de úlcera genital com vesícula, 200 casos de úlcera genital sem vesícula, 21 casos de dor pélvica, 1.034 casos de verrugas genitais, 13 outros casos, 18 casos de sífilis secundária, 12 casos de sífilis latente e 70 casos de sífilis latente tardia.
