Foto: parte dos profissionais estão em Manaus e assistem as aulas na sede da FUAM
Cerca de 70 profissionais de saúde de 15 municípios do Amazonas, além da capital Manaus participam, de 22 a 26 de julho, do Curso Básico em Hanseníase para profissionais de saúde da área indígena.
O curso de capacitação, uma parceria entre FUAM e Polo de Telemedicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), é realizado no formado “educação à distância”, utilizando teleconferências e ferramentas virtuais para a execução das atividades.
Com parte da turma assistindo as aulas de forma presencial, na sede da Fundação Alfredo da Matta e parte dos profissionais em seus municípios, nas sedes locais da UEA, a FUAM realiza pela primeira vez um treinamento envolvendo diversas localidades de forma simultânea, para este público, comprovando a eficiência deste modelo.
Participam do curso médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam nos DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Médio Rio Solimões, Médio Rio Purus, Parintins e Vale do Javari; que atuam nos municípios de Amaturá, Autazes, Benjamin Constant, Itacoatiara, Manicoré, Manaquiri, Manacapuru, Novo Airão, Nova Olinda do Norte, Nhamundá, Parintins, Rio Preto da Eva, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, Tabatinga, além de Manaus.
Sobre o Curso – O Curso Básico em Hanseníase na modalidade ensino à distância é fruto do Projeto Telessaúde Aplicada ao Controle e Prevenção de Hanseníase nos Municípios do Estado do Amazonas, ação de Telessaúde na instituição; além de se configurar como uma importante estratégia da Política Nacional de Educação Permanente do Sistema Único de Saúde (SUS).
Implantado este ano, em parceria com a UEA, Fundação para Controle de Hanseníase do Amazonas (Fundhans), Fundação Novartis e Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), o Projeto tem como objetivo capacitar profissionais para implementação das ações de controle da hanseníase nos municípios do interior do Estado do Amazonas. Esta é a primeira turma voltada para este público: profissionais de saúde de nível médio e superior que atuam em áreas indígenas.
Durante as aulas serão abordados temas que vão desde os conhecimentos básicos sobre a hanseníase – forma de transmissão, sintomas, tratamentos e efeitos adversos – passando pela prevenção da incapacidade física que a doença pode causar, o diagnóstico laboratorial, até a importância da vigilância epidemiológica e notificação correta dos casos. Além disso, aspectos sociais, serviços de enfermagem na hanseníase também são destaques da programação.
O curso está dividido em dois momentos: o primeiro com as aulas ministradas por instrutores via teleconferência, ao vivo, da sede da Fundação Alfredo da Matta para as salas de aula montadas nos municípios.
A segunda etapa consiste num momento não presencial, via internet, no qual os profissionais tem acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA), no site do Telessaúde Brasil Redes – Núcleo Amazonas. No AVA, o aluno acessa uma espécie de “sala de aula” virtual onde encontra material didático, propostas de atividades complementares, além de espaço para troca de informações com outros alunos e instrutores.
“Capacitar os profissionais de saúde que atuam nos municípios do interior em hanseníase tem como objetivo principal a descentralização do diagnóstico e da triagem de dermatologia no interior e em comunidades ribeirinhas. Queremos fortalecer o Programa de Controle da Hanseníase”, afirma o diretor Técnico e médico da FUAM, Luiz Cláudio Dias.
Projeto Telessaúde na FUAM – O projeto Projeto Telessaúde Aplicada ao Controle e Prevenção de Hanseníase nos Municípios do Estado do Amazonas iniciou este ano na FUAM e envolveu investimentos de cerca de 170 mil dólares em equipamentos de alta definição (como máquinas fotográficas e webcams de alta resolução) e deslocamento de profissionais para implantação das primeiras turmas do curso, realizadas em abril deste ano, nos municípios de Lábrea e Parintins; recursos fomentados pela Fundação Novartis.
A partir desta experiência o modelo se mostrou viável e vem ganhando novas propostas com o intuito de levar educação aos municípios do interior.
A Telessaúde é operacionalizada no Amazonas pela UEA e ganhou força na FUAM com a implementação do Ambulatório Virtual de Teledermatologia, antigo projeto da instituição, retomado efetivamente em 2012 que oferece apoio ao diagnóstico na especialidade dermatologia.