Imagem: Reprodução SBD

A Fundação Alfredo da Matta participa no próximo dia 05 de maio de duas importantes atividades de combate à Hanseníase: a Campanha Contra Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e o Ação Global 2012.

Em ambas as ações, equipes de médicos, enfermeiros e técnicos da FUAM atenderão a população com exames de pele e distribuição de folhetos informativos sobre a Hanseníase. O objetivo é orientar a população sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce.

A Campanha contra a Hanseníase é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia e acontecerá em todo país. Em Manaus, além da Fundação Alfredo da Matta, o Ambulatório Araújo Lima e a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado serão os postos de atendimento e estarão abertos de 8 às 14 horas.

Já no Ação Global, a Fundação Alfredo da Matta terá um espaço para orientar a população não apenas sobre a Hanseníase, mas também sobre outras doenças de pele. “Nosso foco é a Hanseníase, mas qualquer outro problema de pele será avaliado por nossa equipe de técnicos, enfermeiros e médicos”, afirma a chefe do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia da FUAM, Valderiza Pedrosa.

As pessoas com suspeita de Hanseníase receberão as primeiras orientações e serão encaminhadas para o atendimento médico na Fundação Alfredo da Matta.

A Hanseníase em números

A Hanseníase é uma doença endêmica no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2011 foram registrados 30.298 novos casos da doença, número que representou uma queda de 15% em relação ao ano de 2010, mas que ainda assim, dá ao Brasil a condição de segundo país do mundo, em números absolutos, a registrar mais casos da doença.

No Amazonas, dados da FUAM apontam, em 2011, 582 novos casos de Hanseníase notificados, sendo 268 na capital e 314 no interior. 

A faixa etária mais acometida foi de maiores de 15 anos (528 casos) e em relação ao gênero, a proporção foi maior entre homens (60,1% dos casos).

Sobre a doença

A Hanseníase é uma infecção causada pelo bacilo de Hansen e sua transmissão ocorre pela inalação de bacilos eliminados nas secreções das vias respiratórias de doentes sem tratamento.

Os primeiros sinais da Hanseníase são manchas na pele, perda variável da sensibilidade ao calor, frio, à dor e ao tato. As manchas possuem cor esbranquiçada, avermelhada ou acastanhada, muitas vezes pouco perceptíveis. É comum ainda ocorrer diminuição da transpiração e queda de pelos no local.

A maioria das pessoas que entra em contato com os doentes não desenvolve a doença, mas quando mais cedo diagnosticada, maiores as chances de cura sem seqüela e de evitar sua transmissão, já que, a partir do momento que o paciente inicia o tratamento com a medicação adequada, para de transmitir o bacilo.