A Fundação Alfredo da Matta, do Governo do Estado, é uma das vencedoras do 1º Prêmio Originalidade e Inovação em Telemedicina e Telessaúde, na categoria Pesquisa Clínica; premiação criada pela comissão organizadora do 6º Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, ocorrido em novembro de 2013, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). A fundação amazonense concorreu com o trabalho intitulado “Melhora no controle e prevenção da hanseníase em áreas de difícil acesso do Amazonas, Brasil, através da tecnologia de telessaúde”.
Foram 12 vencedores em seis categorias, escolhidos pelo voto popular. No total, mais de 200 trabalhos foram inscritos no Congresso que teve os 45 finalistas indicados pela organização do Prêmio. A escolha dos destaques foi realizada de 6 de dezembro a 6 de janeiro, por votação dos participantes do congresso e também pelo público em geral, através da internet, pela Rede Científica da Nuvem da Saúde. Os grandes vencedores foram anunciados no último dia 10 de janeiro.
Os participantes concorreram nas categorias: Desenvolvimento Tecnológico, Projetos de Saúde para as Comunidades, Projetos Educacionais, Propostas em Telessaúde, Relatos de Experiência e na categoria Pesquisa Clínica, na qual a Fundação Alfredo da Matta foi premiada.
Foram escolhidos dois ganhadores por categoria que recebem como premiação, um diploma de reconhecimento, imagens e arquivos oficiais dos trabalhos apresentados no congresso, além do mais importante: o reconhecimento da comunidade científica e da população, sobre a importância do projeto desenvolvido pela instituição.
Telemedicina e telessaúde no controle da hanseníase
O trabalho da FUAM vencedor do prêmio aborda o projeto da instituição que tem como objetivo contribuir para o controle da hanseníase em áreas de difícil acesso do Amazonas, através do uso da tecnologia da informação e comunicação.
Fruto da parceria entre a FUAM, Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Fundação Norvatis para Sustentabilidade, Fundação para o Controle da Hanseníase no Amazonas (FUNDHANS) e Movimento de Reintegração dos Hansenianos (MORHAN), o trabalho iniciou em 2013, com a execução do projeto piloto em dois municípios do estado do Amazonas: Parintins e Lábrea, ambos escolhidos devido à alta taxa de detecção de casos de hanseníase e por possuírem centros de telessaúde apoiados pelo Polo de Telessaúde do Amazonas da UEA.
Com o projeto foram realizados três cursos sobre hanseníase via teleconferência, beneficiando 488 profissionais da saúde dos municípios envolvidos. Também participaram dos treinamentos 130 profissionais que atuam em áreas indígenas em 15 municípios do interior.
Com o término do projeto piloto, o objetivo agora é estender as ações de telessaúde e telemedicina aplicados ao combate da hanseníase para outros municípios do interior do Estado, beneficiando as comunidades destas localidades.
Os autores do trabalho que concorreu à premiação são: Luiz Cláudio Dias, Nádia Pimentel, Valderiza Pedrosa, Carolina Talhari Cortez, Mônica Santos, Maria Leide Wand Del Rey, York Lunau, Pedro Maximo, Leandro Fortes e Leila Brasil.
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