A Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) realizou na manhã desta terça-feira (14/10), o I Seminário de Dermatologia Básica, reunindo profissionais que atuam na rede municipal e estatual de saúde, médicos e estudantes de medicina, em evento realizado presencialmente no Auditório Damião Litaiff, na sede da Fuham e transmitido via internet; para profissionais de municípios do interior.
A médica dermatologista e coordenadora da Residência Médica em Dermatologia, da Fuham, Adriana Raposo, falou durante a abertura do evento da importância da dermatologia básica no atendimento de pacientes. Segundo a profissional esta é uma das especialidades dentro da área da saúde com grande demanda de atendimento na rede básica.
“Todo dia tem paciente novo; em uma unidade de saúde, de 20 a 30% dos atendimentos correspondem a casos relacionados à pele e aí a gente tem a missão de conseguir identificar quais são as doenças mais básicas; acho que o grande objetivo dessa nossa dermatologia básica é divulgar a especialidade, as principais doenças que a gente pode ter no nosso atendimento do dia a dia, na unidade de saúde, que a gente pode ajudar o paciente de alguma forma”, explica.
Para o diretor presidente da Fuham, Carlos Chirano, é muito importante os profissionais estarem atentos a lesões de pele para diagnóstico precoce, evitando desfechos graves. Por isso, ele destaca a importância deste tipo de capacitação.
“A atenção especializada está ficando mais carente de profissionais e o acesso a atenção especializada fica muito mais difícil. Então, a ideia de capacitar, treinar, orientar, completar conhecimento para a rede básica, para o técnico, para o público geral, para o ACS pra que eles tenham competência de suspeitar de lesões, que podem ter evoluções graves; fazendo diagnóstico precoce para que isso possa ser resolvido na unidade básica, não precise ser encaminhada para a atenção especializada”, ressalta.
Para o diretor presidente da Fuham, o mais importante é o profissional ter elementos para fazer a suspeição e é nesse aspecto que, com as aulas do Seminário, espera-se contribuir.
“A gente ainda recebe muitos pacientes com hanseníase que estão tratando como urticária, e que passaram por um, dois, três médicos tratando como urticária, como uma alergia e a gente precisa interromper isso”, complementa o diretor presidente.
Aulas abordam temas variados
Introdução à dermatologia básica, micoses superficiais, piodermites, dermatite atópica, psoríase, eczema de contato, hanseníase, leishmaniose, esporotricose e câncer cutâneo fora os temas abordados de forma didática e acessível, abordando do diagnóstico ao tratamento.
