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Manifestações neurais na hanseníase foi o tema escolhido para o seminário realizado na manhã desta quarta-feira (30), pela Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham). O evento científico aconteceu presencialmente no Auditório Damião Litaiff, sede da Fuham, e também foi transmitido via videoconferência para oito municípios do interior do Amazonas: Envira, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, Novo Aripuanã, Silves e Tabatinga.

No total, foram 94 participantes inscritos no seminário que teve como público-alvo profissionais da saúde da própria Fuham e de órgãos parceiros, como a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa/Manaus), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosimary Costa Pinto (FVS-RCP) e secretarias municipais de saúde do Amazonas.

Dentre os temas abordados, as manifestações neurais na hanseníase, diagnósticos diferenciais da hanseníase e a intervenção ortopédica em pacientes com hanseníase, foram apresentados pelos médicos da Fuham, Paula Frassinetti Bessa, Sinésio Talhari e Thiago Montenegro, respectivamente.

Segundo o diretor presidente da Fuham médico Carlos Chirano, o tema é de grande relevância para o correto diagnóstico dos pacientes e a atualização dos profissionais envolvidos é igualmente importante, já que a doença neurológica hansênica é um problema grave, mutilante e deformante.

“Este é um tema que pouco tem evoluído ao longo dos anos; o aperfeiçoamento do diagnóstico na pele, o aperfeiçoamento do tratamento [da hanseníase] evoluíram muito, mas [sobre] a reabilitação neurológica, evolui muito lento. É importante estarmos fazendo atualização, aquisição de novas tecnologias para o aperfeiçoamento de um diagnóstico mais precoce, para gerar evidências do que é realmente uma neuropatia hansênica”, explica o médico.

De acordo com o especialista, a existência de várias neuropatias (doenças que atingem os nervos periféricos) requer um conhecimento aprofundado das especificidades que caracterizam a neuropatia hansênica, para a melhor condução do caso, com seu tratamento específico e consequente melhoria na vida do paciente.

“Por isso é muito importante a participação de várias especialidades neste curso, como estamos vendo agora: um conjunto de ações para a entrega do melhor resultado para o paciente, pois quando todos os níveis que estão envolvidos estão no mesmo nível de conhecimento – aí vemos a biologia molecular, a fisioterapia, a ortopedia, a neurologia e a dermatologia clínica – a soma disso vai resultar no tratamento mais adequado, num prognóstico mais adequado, na reabilitação; é devolver ao paciente o melhor que for possível, o melhor que a gente conseguir para que ele tenha a retomada da vida dele à sociedade”, finaliza Chirano.

Seminários de atualização

Este foi o quarto seminário de atualização para profissionais de saúde promovidos pela Fuham. Hanseníase, Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e Leishmaniose foram os temas anteriormente abordados, reunindo cerca de 300 participantes.

A programação, organizada pela Diretoria de Ensino e Pesquisa da Fuham, por meio do Departamento de Ensino e Pesquisa e Gerência de Ensino da instituição, já tem um próximo tema a ser apresentado: a esporotricose, com seminário programado para o mês de outubro.

Fotos: Simone Carol