Monitoramento no interior. Foto arquivo Fuam.

 

O trabalho de supervisão e monitoramento das ações de combate à Hanseníase no Amazonas chegará a mais cinco municípios entre os meses de março e abril. A Secretaria de Estado de Saúde, por meio da Fundação Alfredo da Matta (Fuam), levará ao interior profissionais aptos a identificar e tratar a doença.

Serão dois dias no Careiro Castanho (quinta e sexta-feira, 15 e 16), Autazes (27 e 28 de março) e Presidente Figueiredo (27 e 28 de março). Além disso, desde o dia 7 de março até o dia 5 de abril, a equipe visita dois municípios e comunidades da região da Calha do Rio Purus: Boca do Acre e Lábrea. A equipe de profissionais da Fuam fará a busca ativa de novos casos de Hanseníase, exames, consultas dermatológicas e treinamento para profissionais de saúde locais.

Na região do Rio Purus, a ação conta com a parceria da Marinha do Brasil. A Fuam acompanha a missão do Navio Oswaldo Cruz – um dos navios de assistência hospitalar (NAsH) – por municípios e comunidades da Calha do Rio Purus. Outras cidades começaram a receber a equipe da Fuam no início do mês de março.

Segundo o diretor presidente da Fuam, Helder Cavalcante, a Fundação Alfredo da Matta tem como meta para 2018 realizar supervisão e monitoramento das ações de combate à Hanseníase em todos os municípios do Estado. “Em 2017, supervisionamos todos os municípios amazonenses, um feito importante para o combate à Hanseníase em nosso Estado, marca que queremos manter também em 2018, já que é de extrema importância traçar um retrato real da situação da doença nos municípios”, explica Helder Cavalcante.

Histórico –  Careiro Castanho (a 24 quilômetros de Manaus) registrou, em 2016, um caso novo de Hanseníase, porém, ainda é considerada uma localidade de nível médio de endemicidade, segundo parâmetros do Ministério da Saúde.

Autazes, também localizada na Região Metropolitana de Manaus (a 108 quilômetros da capital), em 2016 não apresentou nenhum caso novo de Hanseníase. A prevalência da doença na cidade é considerada baixa, o que é considerado um resultado positivo, segundo o Ministério da Saúde. Em Presidente Figueiredo (distante 107 quilômetros de Manaus) 12 casos da doença foram rastreados em 2016.

Os números de Presidente Figueiredo ainda são considerados altos, por isso, o trabalho de monitoramento da Hanseníase tem se intensificado naquela região. Em 2016, por exemplo, 100% dos contatos de pacientes de Hanseníase foram examinados no município. Contatos são as pessoas que mantém convívio íntimo e prolongado com pacientes de Hanseníase.

Boca do Acre e Lábrea receberão a Fuam no período de 1º a  5 de abril, quando o Navio Oswaldo Cruz estará na região. Em Boca do Acre, em 2016, foram registrados 26 novos casos da Hanseníase. Já em Lábrea, no mesmo ano, foram oito novos casos da doença.

Marinha do Brasil – A Fuam, parceira da Marinha, tem enviado profissional técnico nas missões dos navios de assistência hospitalar para realização de busca ativa de casos de Hanseníase.

Desde 2015, a parceria entre as instituições foi retomada, viabilizando a presença da Fuam em diversas comunidades e municípios amazonenses. A parceria iniciou com treinamento em Hanseníase para a equipe de profissionais – médicos, enfermeiros, bioquímicos e todos os que atuam nos navios – com palestras e cursos específicos sobre a doença, seus sintomas, diagnóstico e tratamento.

De 2015 a 2017, Marinha e Fuam viabilizaram a realização de 3.021 atendimentos (exames dermatológicos). Desse total, foram identificados 39 casos novos de Hans.