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A Fundação Alfredo da Matta (Fuam) realiza nesta quarta-feira (04), no Auditório Damião Litaiff, de 8 às 16 horas, a Oficina de Pactuação do IAE-PI (Incentivo a Atenção Especializada aos Povos Indígenas).

A oficina tem como público-alvo servidores da Fundação que atuam em todas as áreas da instituição e visa, ao final do evento, construir o Plano de Metas e Ações (PMA) que será utilizado como norteador de todo atendimento voltado à população indígena na Fundação Alfredo da Matta.

O IAE-PI é um incentivo do Governo Federal que repassa, através da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), recursos direcionados a estabelecimentos de saúde em nível ambulatorial e hospitalar, como contrapartida à qualificação dos serviços de saúde prestados aos pacientes indígenas.

Para receber o recurso, o estabelecimento de saúde deve manifestar-se apresentando um plano de desenvolvimento de atividades que visem a implementação da assistência ambulatorial à população indígena, atendendo a objetivos estabelecidos na Portaria 2.663 de 11 de outubro de 2017, que traz os critérios para o repasse do IAE-PI, no âmbito do Sistema Único de Saúde –SUS.

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Ronaldo Barros – DSEI Manaus

Segundo Ronaldo Barros, apoiador técnico de Atenção à Saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena / DSEI-Manaus, existem objetivos que devem ser pactuados com a instituição de saúde que realizará o atendimento. “São objetivos como a existência de intérprete nas unidades de saúde, adaptação alimentar e de ambientes, para aqueles onde há internação; humanização do serviço, dentre outros, atentando para as características culturais dos povos indígenas e a realidade do ente público”, explica.

Para o diretor-presidente da Fundação Alfredo da Matta, Ronaldo Amazonas, a Oficina realizada na Fuam tem o objetivo de apresentar aos servidores da instituição como deve funcionar o atendimento em saúde para indígenas e oficializar aquilo que já ocorre na instituição: o atendimento a estas populações.

“Pesando não só no que já realizamos aqui no Alfredo da Matta, mas também no atendimento que vamos levar à população indígena através do projeto Apeli – que prevê atendimento em dermatologia e infecções sexualmente transmissíveis – através desta oficina vamos definir que atividades podem ser assumidas pela instituição que fiquem em consonância com os requisitos da Portaria 2.663/2017, para que a Fuam oficialmente realize um atendimento que na prática já faz parte da nossa rotina, das nossas atividades de atenção à saúde”, explica o diretor-presidente.

Abertura do evento – A abertura do evento contou com a presença do diretor-presidente da Fuam, Ronaldo AmazonP1230162as, da diretora de ensino e pesquisa da Fundação, Valderiza Pedrosa, da coordenadora estadual de saúde indígena da Susam (Secretaria de Estado de Saúde), Priscila Marques Siqueira e do apoiador técnico de Atenção à Saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena / DSEI-Manaus, Ronaldo Barros; além de servidores de todos os setores que prestam assistência ambulatorial da Fuam.

Antes de iniciar a oficina, a técnica de enfermagem Vanderlecia dos Santos, da etnia Witoto e servidora da Fuam, falou da importância do momento e cantou uma música indígena, em Tupi-guarani.

“Para mim, estar aqui, uma técnica de enfermagem indígena, é mais que uma conquista pessoal, é uma conquista coletiva do meu povo, por isso canto uma música que chama todos os povos para juntos lutarmos pelos povos indígenas; e chamo vocês também a participarem, respeitando o outro, para que entendam o diferente, olhem de forma humanizada para aqueles que vocês vão encontrar, especialmente quando forem ao encontro dessas populações no interior e nas aldeias”, finalizou a servidora.