A Fundação Alfredo da Matta (Fuam) aposta mais uma vez na educação à distância e realiza, nos meses de julho e agosto, uma capacitação em hanseníase, através de videoconferências, para profissionais de saúde de sete municípios do interior do Amazonas. Desta vez, estão sendo alcançados pela programação profissionais de Coari, Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã, São Gabriel da Cachoeira, Lábrea e Parintins, através do Curso Básico em Hanseníase via Telessaúde.
Segundo o diretor-presidente da Fuam, Carlos Alberto Chirano, o curso tem como público-alvo profissionais da saúde de nível superior – médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, farmacêuticos-bioquímicos e psicólogos – e será realizado a partir desta terça-feira (15), por meio de videoconferências transmitidas diretamente do Núcleo de Telessaúde e Telemedicina, na sede da Fuam, para os municípios participantes. As aulas ocorrerão sempre às terças e quintas-feiras.
As videoconferências serão ministradas por profissionais da Fuam, abordando temas como conceitos da telessaúde, diagnóstico, tratamento e reações da hanseníase, atendimento a pacientes com doença, vigilância epidemiológica em hanseníase, além de prevenção de incapacidades e aspectos sociais que envolvem os pacientes.
Avaliação – Realizado pela Fuam, com apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Telessaúde Brasil, Polo de Telemedicina do Amazonas, Fundação para o Controle de Hanseníase do Amazonas (Fundhans) e Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), este curso, além da capacitação dos profissionais, possui um importante diferencial: integra o projeto “Avaliação da efetividade do programa de educação permanente em ambientes virtuais (Telessaúde), mediante monitoramento e avaliação em municípios do Amazonas, com foco no programa de hanseníase”.
Carlos Chirano explica que o projeto foi aprovado em Edital do Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS REDE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas. Além da Fapeam, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação Novartis são as financiadoras.
Coordenado pela médica e pesquisadora da Fuam, doutora Maria da Graça Cunha, a atividade tem como objetivo avaliar a efetividade do programa de educação em hanseníase, especificamente nos ambientes virtuais, mediante monitoramento e avaliação continuada, comparando os municípios amazonenses submetidos a esta modalidade de capacitação e municípios em que a capacitação continua sendo apenas presencial.
Educação à distância na Fuam – Na Fuam, o curso de capacitação em hanseníase na modalidade “educação à distância” está em sua terceira turma. O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, explica que a tecnologia que permite a realização de cursos sem a necessidade de deslocamento de instrutores para o interior ou dos participantes para Manaus, representa também economia, pois é possível envolver um número maior de profissionais, sem custos com o deslocamento.
Para a Fuam, oferecer a capacitação para mais de uma turma simultaneamente, amplia o alcance das informações, em menor tempo e com outra grande vantagem: o profissional-instrutor não fica longo período ausente de suas atividades na instituição.
Segundo o diretor técnico da Fuam, Luiz Cláudio Dias, o curso que inicia nesta terça-feira (15) terá dois momentos: o primeiro será com as aulas ministradas, ao vivo, da sede da Fuam para as salas de aula montadas nos municípios. Já a segunda etapa consiste num momento não presencial, via internet, quando os treinandos acessam o Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA), no site do Telessaúde Brasil Redes / Núcleo Amazonas, uma espécie de “sala de aula” virtual onde é disponibilizado material didático e atividades complementares. O ambiente virtual também permite a troca de informações entre alunos cadastrados e instrutores.