A Fundação Alfredo da Matta, Centro de Referência em Dermatologia, já registrou até o mês de agosto deste ano, 293 casos de Câncer de Pele. Do total de diagnósticos realizados, 2% – seis casos – foram do tipo mais agressivo da doença: o Melanoma. Os dados foram divulgados pela instituição através da Gerência de Cirurgias, setor que realiza o atendimento nesta área.
Os números parciais do Câncer de Pele na Fuam, em 2017, já indicam um possível crescimento em relação ao ano anterior, já que estão próximos do número total de diagnósticos realizados durante todo o ano de 2016, quando foram registrados 383 casos de Câncer de Pele; sendo cinco casos (1,3%) do tipo mais graves, o Melanoma.
O número de atendimentos na área é alto: até agosto, a Gerência de Cirurgias já realizou 4.098 consultas médicas e 856 biópsias. Foram ainda 2.777 cirurgias – exereses – 2.931 criocirurgias e quatro do tipo microneurólise de nervo periférico.
Ao longo dos últimos 17 anos foram registrados 5.382 casos de Câncer de Pele na Fuam, o que representou 4,0% do total de dermatoses prioritárias atendidas na unidade. Deste total, 194 (3,6%) foram registrados como Melanoma, sendo 51,5% no sexo masculino e 48,5% no sexo feminino.
Sobre o câncer de pele – Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do Câncer de Pele são histórico familiar da doença; pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros; pessoas que trabalham frequentemente expostas ao sol sem proteção adequada; exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência.
A doença se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele. As células se dispõem em camadas, por isso, dependendo da camada afetada, tem-se diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas do tipo Basocelular, Espinocelular e o Melanoma, este último, o mais agressivo.
Lesões na pele, inicialmente semelhantes a uma espinha que não cicatrizam ou crescem lentamente; que com o passar do tempo podem sangrar espontaneamente ou formar pequenas feridas; alterações em pintas pretas ou acastanhadas – mudança na cor ou textura, bordas irregulares e alteração de tamanho de manchas ou sinais, podem ser alguns sinais da doença.
Para se proteger, deve-se usar roupas que protejam a pele – como as com mangas longas – e chapéus com abas largas, além de óculos, guarda-sol e protetor solar. Deve-se evitar a exposição solar prolongada, especialmente em horários mais quentes.
Todos devem ficar atentos a qualquer alteração na pele e visitar regularmente um médico dermatologista para prevenção, pois quanto mais cedo for detectado o Câncer de Pele, maiores são as chances de cura.