Foto: Divulgação / Ministério da Saúde
Representantes da Fundação Alfredo da Matta (FUAM), secretarias municipal e estadual de educação – SEMED e SEDUC – e Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) reuniram-se no último dia 20 de fevereiro, no Auditório da FUAM para a reunião de planejamento da Campanha Nacional de Hanseníase e Geohelmintíases, ação que acontecerá em todo Brasil de 18 a 22 de março, em escolas das redes públicas de ensino municipal e estadual.
A campanha, que beneficiará no estado do Amazonas cerca de 300 mil estudantes na faixa etária de 5 a 14 anos, é promovida nacionalmente pelo Ministério da Saúde e será coordenada no Amazonas pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SUSAM), através da FUAM e Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), além de SEMED, SEDUC, SEMSA e com apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Em todo país, 720 municípios participarão da campanha. No Amazonas, além de Manaus, a ação também acontecerá nos municípios de Borba, Fonte Boa, Pauini, São Gabriel da Cachoeira e Tapauá, municípios que receberam repasses financeiros do Fundo Nacional de Saúde para implantação, implementação e fortalecimento da vigilância epidemiológica das doenças tratadas na campanha, recursos previstos na Portaria nº 2.556 de 28 de outubro de 2011.
Estratégias
No período de 18 a 22 de março, técnicos de saúde visitarão escolas para administrar em dose única, um comprimido de 400 miligramas do medicamento Albendazol para tratamento de geohelmíntos. Universitários de farmácia e enfermagem da UEA auxiliarão os técnicos nesta atividade que só será realizada com crianças devidamente autorizadas por seus responsáveis.
“Todos os alunos receberão na semana anterior à Campanha um documento chamado Termo de Consentimento Negativo a ser preenchido e devolvido para a escola somente por aqueles que não autorizarem que seus filhos recebam a medicação”, afirma Valderiza Pedrosa, chefe do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia da FUAM, uma das coordenadoras da Campanha.
Para a hanseníase, a estratégia será a busca ativa de casos suspeitos entre as crianças. Para isso, os pais também deverão preencher um formulário indicando a existência de qualquer sinal, mancha ou caroço na pele dos filhos. Todas as crianças que tiverem qualquer sintoma serão encaminhadas para a unidade de saúde mais próxima para uma consulta.
“Claro que os pais não tem como fazer o diagnóstico da hanseníase, mas poderão indicar qualquer sinal diferente na pele dos filhos. Isso basta para a criança ser encaminhada para uma unidade de saúde, onde será atendida e, caso se confirme a doença, encaminhada para tratamento imediato em unidades de referência, como a FUAM”, explica Valderiza Pedrosa.
Além do trabalho dos técnicos, cartilhas e jogos educativos também serão distribuídos para as crianças, material que visa informar e alertar sobre as doenças.
Números da Hanseníase
Em 2011, o Brasil tinha 29.690 casos de hanseníase em tratamento. No mesmo ano, foram identificados 33.955 casos novos da doença em menores de 15 anos de idade.
No Amazonas, dados parciais da FUAM indicam que, de janeiro a novembro de 2012, foram identificados 583 casos da hanseníase. O estado já foi o 1º no Brasil em número de doentes, mas hoje ocupa a 17ª posição, com queda de 76% na detecção de casos novos da doença no período de 2003 a 2012.
Comunicação Social/FUAM