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Em alusão ao Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo, celebrado nesta terça-feira (01/08), a Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Amazonas (SES-AM) alerta sobre o avanço dessa doença de pele autoimune, que causa perda de pigmentação em áreas específicas do corpo, resultando em manchas brancas na pele, conhecidas como lesões cutâneas de hipopigmentação

Essa condição se caracteriza por manchas brancas de tamanho variável na pele, resultando em uma diminuição da cor nessas áreas. O vitiligo pode afetar pessoas de todas as idades, raças e gêneros, e embora não seja uma condição grave em termos de saúde física, pode ter um impacto emocional significativo, afetando a autoestima e qualidade de vida dos pacientes.

De acordo com a Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) unidade da SES-AM, já são 118 casos registrados nos primeiros seis de meses de 2023. O dermatologista e diretor clínico da fundação, Renato Cândido, fala do impacto social que o paciente sofre quando convive com a doença. “Tentamos minimizar esse preconceito e impacto social através de maquiagem de camuflagem e tentar explicar para o paciente que ele não estar sozinho. Também é importante ressaltar que o vitiligo não é uma doença transmissível”, inicia.

Sintomas

A maioria dos pacientes de vitiligo não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. O dermatologista explica como funciona o aparecimento das manchas no corpo.“Na grande maioria dos casos, o vitiligo tem início por uma mancha que chamamos de “mancha acrômica”, ou seja, uma mancha que perdeu totalmente a cor da pele. O termo “acromia” refere-se à ausência de cor, enquanto “hipocromia” é quando ocorre uma diminuição da cor da pele. Muitas vezes, o vitiligo começa por uma mancha hipocrômica”, afirmou Renato Cândido.

Tratamento

Vale destacar que o vitiligo é uma doença de difícil tratamento, mas que, em alguns casos específicos, o tratamento pode quase anular a proliferação das manchas. O dermatologista destaca que, quando tratado no início, tem mais chances de desacelerar o avanço da doença.

“Quando tratado no início, podemos fazer um tratamento que envolve o lado da nossa imunidade e da nossa pele, com medicações imunossupressoras que tentam coibir a progressão dessa doença. Portanto, temos a possibilidade de controlar e, em muitos casos, curar o vitiligo, dependendo da extensão e localização das manchas”, finaliza Renato.

Prevenção

É importante destacar que não existem formas de prevenção do vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, os parentes de indivíduos afetados devem realizar vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação.

Números da doença

Nos últimos 10 anos, a Fuham atendeu a 2.687 pacientes de vitiligo. Veja os números, abaixo:

2012 – 233 casos

2013 – 229 casos

2014 – 244 casos

2015 – 181 casos

2016 – 224 casos

2017 – 203 casos

2018 – 290 casos

2019 – 240 casos

2020 – 210 casos

2021 – 290 casos

2022 – 343 casos

2023 – 118 casos de janeiro a junho

Fonte: Departamento de Controlo de Doenças e Epidemiologia – DCDE