
O Dezembro Vermelho na Fundação Alfredo da Matta (Fuam) teve início nesta sexta-feira, 29 de novembro, no Auditório Damião Litaiff, sede da instituição, com o Seminário “Fique Sabendo sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis/HIV e a contribuição da Biologia Molecular”.
O evento que deu início a programação em alusão ao Dezembro Vermelho – que lembra o Dia Mundial de Combate a Aids, celebrado em 1º de dezembro – foi uma realização da Sociedade Brasileira de DST/Regional Amazonas (SBDST/AM),em parceria com a Fuam.
A sigla DST de Doenças Sexualmente Transmissíveis é a antiga denominação para as hoje chamadas ISTs: Infecções Sexualmente Transmissíveis. Na Fuam, o diagnóstico e tratamento para essas infecções são realizados pela Gerência de IST (GIST).
Na abertura do evento, a presidente da SBDST/AM, a diretora técnica da Fuam e médica Lucilene Sales lembrou o importante passo que a Sociedade está dando, com vistas a promover debates que envolvam a multiplicidade de profissionais atuantes na Fuam. “A SBDST é uma instituição de multiprofissionais, não apenas médica, mas daqueles que compõem o serviço de atendimento aos pacientes acometidos pelas IST e queremos isso, envolver profissionais de diferentes áreas e trazê-los para o debate, queremos voltar a promover debates como esse, que envolvem diferentes áreas”.
Para o diretor presidente da Fuam, Ronaldo Amazonas, o Seminário “Fique Sabendo” é mais uma atividade de educação continuada promovida pela Fuam, desta vez em parceria com a SBDST. O diretor ressaltou a importância de momentos como este e falou sobre a atuação da Fuam na saúde. “A Fuam está voltada para a dermatologia e para a venereologia, embora este termo não seja mais tão comumente utilizado; promover o debate, a atualização profissional nestas áreas é um passo importante para todos, parabéns aos envolvidos que aqui vem para compartilhar seus conhecimentos”, finalizou Ronaldo Amazonas.
Testagem para IST/HIV – Na semana de 2 a 5 de dezembro, a GIST estará com equipe reforçada para os serviços de testagem rápida para Sífilis, hepatites e HIV. “Teremos nosso serviço normal, mas ampliamos, neste período, o número de profissionais do setor para atender a uma demanda que possa ser diferenciada”, explica a gerente da GIST, Natália Loureiro, já se antecipando ao aumento pela procura de testes para as IST/HIV que normalmente acontecem neste período.
Programação continua – Encerrando a semana, no dia 6 de dezembro, acontecerá o segundo evento promovido pela SBDST/AM e Fuam: a Oficina “Sexo Mais Seguro – Pare, Pense e Use” que também será realizada no Auditório da Fuam, de 18h30 às 22 horas.
A Oficina tem como público alvo a população em geral, profissionais da saúde e interessados em conhecer mais sobre o tema, em especial a prevenção às IST, HIV/Aids. Os temas que serão abordados são a prevenção combinada – que vai além dos preservativos já conhecidos – e, de forma lúdica e leve, a abordagem de temas que ainda podem ser considerados tabus, como a prática sexual, sempre sob o ponto de vista da prevenção e prática segura. “Também teremos a corrida do amor, que promete ser um momento de descontração para os participantes da oficina, mas que também traz mensagens importantes de prevenção às IST”, finaliza a enfermeira Glaudomira Rodrigues.
Para participar da oficina, os interessados devem entrar em contato com a secretaria da SBDST/AM. O investimento é de R$ 50,00 para profissionais da saúde, R$ 30,00 para estudantes e demais interessados e os associados da SBDST, em dia com a anuidade, estão isentos do valor.
IST/HIV na Fuam – No ano de 2018 foram notificados no serviço, 3.975 casos, sendo que em 52,2% destes (2.076) tinham pelo menos uma Síndrome. Os diagnósticos de IST e outras infecções do trato genito-urinário foram classificados no total de 2.334 casos e destes, os mais evidentes foram as verrugas anogenitais (680, ou 29,1%), sífilis (542, ou 23,2%) e outras uretrites (327, ou 14%).
Já os casos de HIV registrados em 2018 na Fuam somaram 224, sendo 187 (83,5%) no sexo masculino e 37 (16,5%) no sexo feminino. A faixa etária mais frequente foi a de 20 a 24 anos (27,2%), seguida da faixa de 25 a 29 anos (21,9%) e 30 a 34 anos (18,3%).