Com o tema “Assistência de Enfermagem ao Portador ou Susceptível a Infecções Sexualmente Transmissíveis”, o enfermeiro da Fundação Alfredo da Matta (Fuam), Carlos Barros, participou na última quinta-feira (29) de uma aula on line para acadêmicos do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
A convite da coordenação da Escola de Enfermagem de Manaus/Ufam, o profissional da Fuam apresentou aos alunos conceitos e características das principais Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) atendidas na Gerência de IST (GIST) da instituição, enfatizando como se dá a assistência de enfermagem para os pacientes que buscam tratamento nesta área.
As IST são causadas por vírus, bactérias ou outros microorganismos e são transmitidas principalmente por meio do contato sexual (sem uso de preservativos) com uma pessoa infectada. A transmissão também pode acontecer de mãe para bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. Outra forma de transmissão, menos comum, é a transmissão por meio não sexual, como pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
Na Fuam, a GIST atua com uma equipe multiprofissional, com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistente social e técnicos; em ambulatório que realiza atendimento referenciado, especializado no diagnóstico, tratamento e prevenção das IST–HIV/Aids/Hepatites, ofertando ainda testagem e aconselhamento para testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatite B e C; além de ter importante atuação em atividades de ensino e pesquisa da Fundação.
IST na Fuam – No ano de 2019 foram notificados 3.167 casos no setor de IST. Sendo que deste total 1.865 (58,9%) tinham pelo menos uma Síndrome de IST e 1.302 (41,1%) realizaram somente aconselhamento e o teste para HIV e não tinham IST. Os casos de IST por síndromes mais frequentes foram as Verrugas genitais, com 572 casos (42,6%), corrimento uretral com 408 casos (30,4%) e úlcera genital sem vesículas, com 170 casos (12,7%).
Foram diagnosticados 2.068 casos de IST e outras infecções do trato genito-urinário. Destes, os mais evidentes foram Verrugas Anogenitais (572 casos ou 27,6%), Sífilis (423 casos ou 20,4%) e Infecção Gonocócica (320 casos ou 15,5%).
Em 2019 também foram diagnosticados 229 casos de HIV, sendo 194 (84,7%) do sexo masculino e 35 (15,3%) do sexo feminino.
O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.
A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), pois destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.