O Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia da Fundação Alfredo da Matta deu início no último dia 28 de março, no Miniauditório da instituição, no horário de 8 às 11 horas, à Oficina de Monitoramento das Ações de Hanseníase.

A atividade tem como público-alvo 30 profissionais da Fuam; técnicos que já estão escalados para participar de viagens aos municípios do interior do Estado para a realização do monitoramento das ações de combate à hanseníase; um conjunto de ações coordenadas pela Fuam e realizadas anualmente.

Segundo a chefe do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia da Fundação Alfredo da Matta, Valderiza Pedrosa, o objetivo da Oficina é desenvolver saberes e capacidades necessárias para que os profissionais realizem todas as atividades de supervisão e monitoramento das ações de combate à hanseníase nos municípios do interior.

“Além das equipes que já realizam há anos este tipo de ação, vamos colocar mais equipes em campo, para intensificar as ações no interior”, explica Valderiza.

Os profissionais que vão compor as novas equipes, apesar de experientes na área da hanseníase, precisam de treinamento, para que possam conhecer em detalhes que ações e procedimentos são realizados durante as viagens; como por exemplo, conhecer os formulários e o sistema utilizados para notificação de casos de hanseníase.

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Profissionais participantes da Oficina.

A oficina, que segue durante este mês de abril, tem como metodologia aulas expositivas, práticas e discussões em grupo. Dentre os temas abordados o que é e qual a importância da supervisão/monitoramento das ações de combate à hanseníase; instrumentos e formulários utilizados; uso do Sistema de Informação (SINAN) para notificação de casos da doença; além de aulas práticas sobre triagem dermatológica, prevenção de incapacidades e conhecimentos gerais sobre hanseníase; estão programados.

 

Monitoramento das ações de combate à hanseníase

O objetivo dessas “visitas” é verificar in loco como as equipes de saúde municipais estão desenvolvendo as ações de combate à hanseníase em cada localidade, monitorando todas as atividades de combate à doença. A equipe também promove atendimento à população – a “intensificação de busca de casos” – e a capacitação de profissionais que atuam nos serviços de saúde locais.

São realizadas consultas médicas, avaliação de pacientes em tratamento, avaliação de casos de incapacidades físicas causadas pela hanseníase, capacitação de profissionais (treinamentos e atualizações sobre a hanseníase) e monitoramento do trabalho de notificação de casos no SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação – sistema da Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde.

A notificação é uma atividade importante para o planejamento de ações de combate à hanseníase, já que os dados coletados são fundamentais para definição de estratégias adotadas pelo Programa de Combate à Hanseníase.

A equipe também se reúne com os responsáveis pelo Programa no município para juntos discutirem e planejarem as ações no município, sempre levando em consideração sua realidade.

 

Ações 2015 já iniciaram

O monitoramento das ações de controle da hanseníase no Estado do Amazonas, em 2015, já iniciou.

Segundo Valderiza Pedrosa, as primeiras equipes foram à campo no mês de março, com visitas de equipes de profissionais da Fuam aos municípios de Itacoatiara, Maués e Iranduba. As próximas viagens estão agendadas para São Gabriel da Cachoeira, Coari, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Santa Izabel do Rio Negro e Carauari; todas previstas para o mês de abril.