A Fundação Alfredo da Matta, em parceria com o Polo de Telemedicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e Fundação Novartis, realiza de 15 a 19 de abril a primeira turma de capacitação à distância em hanseníase. 

A atividade, no formato “educação à distância”, é inédita na FUAM e será realizada através de teleconferências e ferramentas virtuais para a capacitação de profissionais de saúde, simultaneamente, em dois municípios do interior do Estado: Lábrea e Parintins.

O Curso Básico em Hanseníase faz parte do Projeto Telessaúde Aplicada ao Controle e Prevenção de Hanseníase nos Municípios do Estado do Amazonas, ação da Telessaúde na instituição. O projeto envolve investimentos de cerca de 170 mil dólares em equipamentos de alta definição (como máquinas fotográficas e webcams de alta resolução) e deslocamento de profissionais para implantação destas ferramentas nos municípios, recursos fomentados pela Fundação Novartis.

A Telessaúde é operacionalizada no Amazonas pela UEA e ganhou força na FUAM com a implementação do Ambulatório Virtual de Teledermatologia, antigo projeto da FUAM, retomado efetivamente no ano de 2012. As ações de Telessaúde incluem ainda a teleducação, com realização de cursos e treinamentos.

Sobre o curso

O Curso Básico em Hanseníase tem como objetivo capacitar profissionais de saúde que atuam em municípios do interior do estado, atividade que já é realizada pela FUAM de forma presencial: profissionais da instituição visitam periodicamente municípios do interior para a execução da atividade, assim como existe uma agenda de cursos realizados na sede da Fundação.

A novidade é a utilização de tecnologias que permitirão a realização dos cursos sem a necessidade de deslocamento dos instrutores para o interior ou dos participantes para Manaus, agilizando e otimizando o processo, além de gerar economia para os municípios.

“A ideia de capacitar os profissionais de saúde dos municípios em hanseníase visa descentralizar o diagnóstico e a triagem de dermatologia no interior e em comunidades ribeirinhas. Isso fortalece o Programa de Controle da Hanseníase”, afirma o diretor Técnico e médico da FUAM, Luiz Cláudio Dias.

Com a teleducação em hanseníase os municípios participantes poderão envolver um número maior de profissionais para capacitação, fator que antes ficava limitado, devido a custos com o deslocamento das pessoas para Manaus. Para a Fundação Alfredo da Matta as ferramentas tecnológicas possibilitarão a execução de mais de uma turma simultaneamente, ampliando o alcance das informações. Além disso, o profissional-instrutor não ficará longos períodos ausente da instituição.

Segundo o diretor Luiz Cláudio Dias, o curso terá dois momentos: a primeira etapa será com aulas ministradas por instrutores via teleconferência, ao vivo, da sede da Fundação Alfredo da Matta para as salas de aula montadas nos municípios – inicialmente Lábrea e Parintins.

Já a segunda etapa consiste num momento não presencial, via internet, no qual os treinandos terão acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA), no site do Telessaúde Brasil Redes – Núcleo Amazonas. No AVA, cada aluno terá uma senha para acesso ao ambiente, uma espécie de “sala de aula” virtual onde os treinandos encontrarão material didático produzido pelos instrutores e propostas de atividades complementares. Além disso, o ambiente virtual também permite a troca de informações entre alunos cadastrados e instrutores.

A primeira turma do Curso Básico em Hanseníase à distância da FUAM terá turmas em dois horários (manhã e tarde) e serão transmitidas da sede da Fundação Alfredo da Matta inicialmente apenas para os municípios de Lábrea e Parintins. A expectativa é que após a implantação e avaliação destas turmas, outros municípios sejam beneficiados pelas ferramentas.