Fazer o diagnóstico precoce da Hanseníase, especialmente em comunicantes – pessoas que mantém contato íntimo e diário com um paciente – é um dos grandes desafios no combate a esta doença, segundo o Diretor do Centro de Dermatologia D. Libânia/Fortaleza-CE, prof. Dr Heitor de Sá Gonçalves. A afirmação foi dada em palestra proferida pelo especialista, durante a VII Jornada Científica da Fundação Alfredo da Matta, realizada no dia 26 de agosto, no Auditório Damião Litaiff, sede instituição.

Com o tema “O que há de novo no diagnóstico complementar da Hanseníse”, Dr Heitor Gonçalves falou sobre os desafios no diagnóstico laboratorial da Hanseníase e foi enfático: “temos que viabilizar o diagnóstico o mais precoce possível para quebrar a cadeia de transmissão da Hanseníase e evitar sequelas”.

Dr Heitor Gonçalves.

Em sua palestra, Dr Heitor também  falou sobre a baciloscopia como exame fundamental – inclusive na alta de pacientes – e destacou ferramentas de diagnóstico, como a eletroneuromiografia, mais sensível e que proporciona um diagnóstico mais preciso que exames clínicos, quando do diagnóstico de uma lesão neural.

Entre as novidades, Dr Heitor destacou o Smatphone Technology, espécie de teste rápido para diagnóstico da Hanseníase, através de um aplicativo de celular, realizado com auxílio de um dispositivo acoplado em um smartphone e ressaltou que as tecnologias podem ser grandes aliadas para a saúde.

Dona Libânia – Dr Heitor de Sá Gonçalves é diretor do Centro de Dermatologia Dona Libânia, Centro de Referência para a Hanseníase, em Fortaleza, Ceará. A instituição, que há 20 anos atua na capital cearense, atende por ano, cerca de 600 novos casos de hanseníase.