Dando continuidade às ações de implantação do Programa Telessaúde e do Ambulatório Digital de Dermatologia na Fundação Alfredo da Matta, médicos dermatologistas e residentes da instituição participaram nesta quarta-feira (4 de julho), às 10 horas, no miniauditório, da Oficina sobre Telessaúde.

O objetivo foi explicar o funcionamento do Telessaúde e do Ambulatório Digital que será implantado na FUAM, tanto em seus aspectos técnicos quanto éticos. Quem conduziu a Oficina foi Ricardo Amaral, regulador do Telessaúde no Estado, Programa que é operacionalizado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), através do Núcleo de Telessaúde do Amazonas.

Amaral explicou aos médicos a estrutura e as ferramentas do ambiente virtual disponíveis que permitem que médicos espalhados por 49 municípios do Estado troquem experiências e informações sobre casos clínicos.

Mas o Telessaúde são se limita apenas à consultoria médica. Na verdade, o Ambulatório Digital é apenas uma das atividades do Telessaúde que envolve ainda a pesquisa e a educação. O programa permite, por exemplo, que teleconferências sejam realizadas, integrando profissionais de diferentes localidades para um treinamento à distância.

Como funciona o Ambulatório Digital

Os profissionais são cadastrados para acessar o Ambulatório Virtual, através de um site na internet. Neste ambiente, um “prontuário virtual” pode ser preenchido e encaminhado ao regulador que, por sua vez, o encaminha para o especialista. Somente profissionais cadastrados tem acesso ao ambiente virtual e os casos clínicos podem ser visualizados apenas pelos profissionais envolvidos no atendimento do paciente, garantindo o sigilo médico.

O Ambulatório Digital contempla variadas especialidades médicas. Ao preencher o prontuário, o médico solicitante informa em detalhes o caso, podendo anexar fotos e imagens que auxiliem no diagnóstico e/ou discussão da situação de um paciente. Dependendo da necessidade, o médico solicita opinião de um especialista, um colega ou ainda, pode promover um fórum de debate com ou sem a presença do paciente, através de videoconferência.

“Nosso papel – médico que recebe o caso – é de apoiador: apoiamos, através da troca de experiência e informações, nossos colegas médicos que estão atendendo o paciente lá no município; naquele momento, ele é o primeiro responsável pelo paciente”, destacou Amaral.

Para o Diretor-Presidente da FUAM, o Ambulatório Digital em Dermatologia que será implantado na FUAM será muito útil e bastante eficaz: “na dermatologia o exame visual garante a capacidade de diagnóstico e cura em 90% dos casos e a teledermatologia nos permite visualizar, seja por imagem ou vídeo a situação do paciente”, afirma o diretor.

“Temos uma grande demanda de pacientes do interior. Com esse recurso poderemos, por exemplo, evitar vindas desnecessárias de pacientes que muitas vezes vem à capital com muita dificuldade. Já aqueles que necessitam de um procedimento na Fundação, chegarão aqui com diagnóstico certo, exames e consulta agendada, facilitando muito a vida do cidadão e o sucesso de seu tratamento”, destacou Chirano.