A Fundação Alfredo da Matta/ Fundação de Controle da Hanseníase, representadas pela médica Maria de Fátima Maroja e a enfermeira Maria Ângela Torrecilla, estiveram na Secretaria de Estado da Saúde, em visita ao Dr. Wilson Alecrim, com a equipe técnica da DAHW, instituição alemã que há trinta e um anos ajuda a Fundação nas ações e assistência ao paciente portador de hanseníase no estado do Amazonas.

A visita do grupo alemão é rotineira e tem como objetivo verificar todo o trabalho desenvolvido pela Fundação na capital e interior do Estado.

Na visita de cortesia, a médica Maria de Fátima Maroja , presidente da Fundação de Controle da Hanseníase, explicou que após esta avaliação e dicussão, ficou definido que as metas para 2011, será investir mais na assistência de ortese e prótese e  trabalhar com a equipe técnica nas áreas silenciosas do Amazonas, onde os casos de recidivas e resistência da hanseníase são mais evidentes, como é o caso da tríplice fronteira.

O Secretário Wilson Alecrim explicou aos presentes que “desde a década de 70, como profissional médico pesquisador, acompanha a hanseníase no Estado e que ao longo destes anos, o governo tem sido parceiro juntamente com as organizações não-governamentais. Na oportunidade, informou que o Brasil está estimulando excurssões em áreas de tríplice fronteira, visando criar a médio prazo um sistema de fronteira para atendimento a pessoas que construíram laços bilaterais. Afirmou ainda que o governo do estado sempre dará apoio para este tipo de proposta.”

O chefe executivo da DAHW  afirmou que “estava muito satisfeito com a visita ao Amazonas, pois a atuação da Fundação Alfredo da Matta como  um centro de excelência para tratar hanseníase é um avanço na saúde, inclusive com pesquisas. Na oportunidade, se disse surpreso com o apoio do governo pela causa, o que reforça a vontade de ajuda dos alemães.”

Fechando a reunião, a presidente da DAHW, senhora Burkard Komm  afirmou “está animada com o resultado da visita e que vai informar  aos doadores da Instituição o grau de responsabilidade da Fundação e do Governo no trato da hanseníase". Na oportunidade, a presidente agradeceu ao secretário por ter recebido o grupo alemão para discutir o que foi proposto para o Amazonas.

A Hanseníase no Amazonas, numa série histórica de 10 anos dos coeficientes de detecção, apresenta tendência decrescente passando de 69,46/100.000 habitantes em 1989 para 21,04/100.000 habitantes em 2009, o que representou uma redução de 69,7%, passando de hiperendêmico  para muito alto. Neste mesmo ano, foram detectados 822 casos da doença no estado, sendo 714 (86,9%) casos novos, 58 (7,0%) recidivas, 40 (4,9%) outros reingressos e 10 (1,2%) transferências de outros estados. Do total de casos novos, 315 (44,1%) residentes em Manaus e 399 (55,9%) residentes em outros 49 municípios.

Em 2009 dados apontam 10 municípios que apresentaram as maiores taxas de detecção: Carauari, Japurá, Alvarães, Canutama, Boca do Acre, Apuí, Rio Preto da Eva, Eirunepé, Fonte Boa e Humaitá.

O grupo acompanhado dos profissionais da Fundação Alfredo da Matta, ainda visitou a Colônia Antonio Aleixo para verificar no local o trabalho realizado pela Secretaria de Estado da Saúde e a Fundação Alfredo da Matta.