
A reunião do Grupo de Autocuidado da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) realizada na manhã da sexta-feira (22/08) trouxe como tema a importância da vigilância de contatos em hanseníase. A palestrante do mês foi a enfermeira Nádia Pimentel.
Considera-se como contato em hanseníase toda pessoa que conviva ou tenha convivido, de modo próximo e prolongado, com um doente diagnosticado. A vigilância de contatos tem, então, o objetivo de monitorar essas pessoas para, se necessário, fazer a detecção precoce da doença e consequentemente interromper a cadeia de transmissão.
A redução de estigmas, fornecendo informação para essas pessoas também ajuda a desconstruir o medo e o preconceito associados à doença. A vigilância de contatos envolve identificação do contato, educação e sensibilização desta população, avaliação clínica anual, com exames dermatológicos periódicos, vacinação com a BCG ID*, além de investigação e busca ativa de casos, com atenção especial para crianças.
Segundo a enfermeira Nádia Pimentel, sempre que um caso de hanseníase é identificado, além do paciente, as pessoas classificadas como contatos também devem receber atenção e orientação, com consultas regulares, já que o diagnóstico precoce é essencial para preservar o paciente. “A vigilância é importante para que o paciente não chegue aqui com a doença em progressão, já com sequelas, com as mãos ‘em garra’ ou danos que não vão ter regressão”, destaca.
*A vacina BCG ID, embora não seja específica para hanseníase é indicada para os contatos de hanseníase por demonstrar um efeito protetor, reduzindo riscos.