A Fundação Alfredo da Matta, Centro de Referência nas áreas de Hanseníase, Dermatologia e Doenças Sexualmente Transmissíveis, recebe no período de 05 a 09 de outubro de 2009, profissionais médicos e enfermeiros  de quinze municípios amazonenses, para o Curso de Atualização em Hanseníase.

O Curso é uma realização do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia/ Gerência de Ensino/FUAM, com o apoio do PLANVIGI/Ministério da Saúde, Fundação de Hanseníase, DAHW e Governo do Estado e tem como objetivo capacitar recursos humanos para implementação das ações de controle da Hanseníase no Amazonas ; conhecer os objetivos das metas das ações de controle, bem como o perfil epidemiológico da doença.

Os participantes recebem aulas teórico – práticas ministradas pela equipe multiprofissional da Fundação, composta de médicos, assistentes sociais, enfermeiros, fisioterapeuta e farmacêuticos- bioquímicos. Nas aulas teóricas os participantes recebem e discutem temas como: “Hanseníase – etiologia, transmissão, classificação e manifestação clínica” – Dra. Maria da Graça Cunha; “ Vigilância Epidemiológica da Hanseníase” – Epid. Valderiza Pedrosa;  “ Tratamento e Efeitos Adversos”- Dra. Rossilene Cruz; “ Prevenção de Incapacidades Físicas em Hanseníase” – Fis. Marcus Vinícius; “ Ações de Enfermagem na Hanseníase”- Enfª Maria Anete Queiróz; “Estados Reacionais em Hanseníase”- Dra. Liana Tobilla; “ Diagnóstico Diferencial” – Dra. Silmara Pennini;” Diagnóstico Laboratorial para Hanseníase” – Farm.Bioq.Jorge Ewerton; “ Aspectos Sociais da Hanseníase”- Assist.Soc. Ana Cristina e “ Operacionalização das Ações  de Controle da Hanseníase no Amazonas “- Enfª Emilia Pereira. As aulas práticas ocorrem  nas áreas de atendimento de Dermatologia, Fisioterapia e Laboratório.

Segundo o Boletim Epidemiológico da Fundação  “ As ações de controle e eliminação da hanseníase estão implantadas nos 62 municípios do estado.Em 2008, do total de 712 serviços de saúde existentes, 270 ( 38,8% ) possuíam ações de controle de Hanseníase, sendo 132 ( 48,9% ) na capital e 138 ( 51,1%) no interior. No mesmo ano foram detectados 762 casos novos e destes, 300 eram residentes em Manaus e 462 residentes em outros municípios. Os coeficientes de detecção variaram de 3,31 a 92,44 / 100.000 habitantes , segundo parâmetros do Ministério da Saúde, estas taxas encontram-se no nível de endemicidade entre média e hiperendêmica. A variação provavelmente ainda é operacional devido a algumas peculiaridades do estado como extensão territorial, rotatividade e carência de recursos humanos.O coeficiente de detecção no Amazonas passou de 69,46/ 100.000 habitantes em 1989 para 22,81/ 100.000 habitantes em 2008, o que representou uma redução de 99,7%, com tendência decrescente nos últimos anos”.