
Equipes de profissionais da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) que atuam no atendimento de pacientes de Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids, tanto da Gerência de Laboratórios como do Serviço de Atendimento Especializado – HIV/Aids (SAE/Fuham) participaram, na manhã desta terça-feira (18/02), no miniauditório da instituição, de treinamento sobre atendimento em Aids avançada, ministrado pela médica infectologista Izabella Safe, coordenadora do Programa Estadual de HIV/Aids da Fundação de Vigilância em Saúde – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
“Hoje nossas equipes participaram de um treinamento sobre o atendimento de pacientes com Aids avançada, na verdade esta é uma continuação de algumas capacitações que já tivemos; anteriormente teve o treinamento sobre o PREP e PEP, que já estão implantados no nosso serviço, e agora a gente está aprimorando [o fluxo] para Aids avançada, que é uma forma de atendimento dos pacientes vivendo com HIV, mas que já estão com a doença mais avançada”, explica o gerente de IST da Fuham, Carlos Barros.
Segundo Carlos, a Fuham já tem bem definido em sua rotina um fluxo de atendimento para pacientes com HIV (vírus), sendo este treinamento, uma forma de aprimorar o atendimento específico para aqueles pacientes que já estão com a doença em si (Aids).
“O que temos hoje no nosso SAE são pessoas vivendo com HIV, pessoas que tem uma vida totalmente normal, desde que elas venham fazer o acompanhamento, tomem os antirretrovirais que evitam que o vírus se multiplique dentro do organismo e causem doenças. Já as pessoas que são acometidas pela Aids são pessoas que às vezes nem sabem que tem o vírus e que só descobrem quando já estão com a doença, em fase avançada, o que é pior, então toda a nossa ação já na testagem é justamente para que o paciente conheça o status sorológico, saiba do diagnóstico precocemente e o mais rápido possível ele possa iniciar o tratamento”, explica.
Quanto mais cedo o paciente conhece seu estado sorológico, inicia o tratamento e mantém um acompanhamento adequado, menores as chances de ter o quadro da doença avançado, o que neste caso, pode até mesmo resultar no óbito.
“Descobrir que a pessoa tem Aids avançada e iniciar logo os trâmites para que não piore o quadro dela ou pior, que venha a óbito por decorrência disso, é o intuito desse treinamento. Então a gente vai identificar esses sinais que o vírus vai estar apresentando, acompanhar por exemplo, como estão as células de CD4, carga viral e dentro desses parâmetros, do que o paciente está apresentando, vamos fazer a demanda necessária, ou internação, ou encaminhamento para o ambulatório da Fundação de Medicina Tropical; temos que estar prontos para agilizar esse processo e tomar as medidas mais brevemente possíveis para mitigar o problema do paciente”, finaliza Carlos.