
Medicamento e remédio são a mesma coisa? Embora os termos sejam considerados sinônimos, a farmacêutica da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham) Ana Celia Moura partiu deste questionamento para discutir com os pacientes do Grupo de Autocuidado da instituição sobre o uso correto e racional destes componentes para a prevenção, manutenção e recuperação da saúde. O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira (27/09), na sala de Autocuidados, na sede da Fuham.
“A ideia desta palestra de autocuidados foi falar sobre tratamentos alternativos que não comprometem, mas complementam o tratamento que todos estão fazendo e melhor otimizam a saúde do paciente. Envolve por exemplo, óleos essenciais, envolve uma boa alimentação, envolve orientação sobre atividade física, importância das vitaminas, vitaminas que você absorve de alimentos, ou seja, todo tipo de remédio que pode complementar os tratamentos dos medicamentos”, explica Ana Célia.
Segundo explica a palestrante convidada do mês, medicamento é um produto criado com uma substância ou mais associadas (princípio ativo) e que, após ser testado para fins de comprovação de eficácia, chega ao consumidor final ao ser prescrito por um profissional da saúde. Já remédio é qualquer substância ou recurso utilizado para obter cura ou alívio, ou seja, tudo aquilo disponível para fazer bem ao organismo.
“Por exemplo, o antibiótico é um medicamento e como todo medicamento deve ser usado da forma correta, pelo tempo prescrito pelo profissional de saúde, utilizado sob supervisão deste profissional, com orientação adequada para controle dos seus efeitos. Já a água, podemos citar como exemplo de remédio: ficar sem tomar água por muito tempo pode nos dar dor de cabeça, a circulação sanguínea muda, a pele muda… Remédio é isso: otimiza a saúde”, complementa.
Ao longo da conversa com os pacientes, Ana Célia falou da importância de se evitar a automedicação, utilizando medicamentos indicados por terceiros, medicamentos utilizados anteriormente pelo mesmo paciente, sem a pessoa ter o real conhecimento se tal medicamento é indicado para o seu atual quadro.

Remédios devem ser aliados
Para a farmacêutica os remédios devem ser vistos como aliados e complementares e incluem desde uma boa alimentação, atividades físicas e hábitos que contribuem para a manutenção da saúde.
“Às vezes a gente está com uma dor e a gente quer tomar um medicamento, sendo que às vezes a gente só precisa de um remédio que possa auxiliar. Por exemplo, uma boa alimentação, beber água é primordial, e por incrível que pareça, hoje até a ausência da vitamina D pode fazer esse tipo de dores e a pessoa fica com fraqueza. Você pode fazer uma caminhada no sol, elevar seus hormônios. Os chás são boas alternativas, óleos essenciais podem promover bem estar e ajudar em situações como insônia, ansiedade”, conclui Ana Célia.