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Imprescindível na prevenção e tratamento de lesões no corpo, decorrentes de traumas e doenças adquiridas ou genéticas, o fisioterapeuta ocupa uma função essencial no cuidado de pacientes.

Na Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), instituição ligada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), o fisioterapeuta é uma das categorias de profissionais de saúde da linha de frente nos cuidados com os pacientes, desenvolvendo ações para preservar a saúde daqueles que são atendidos na unidade, em especial – mas não apenas – os pacientes de hanseníase.

O atendimento é realizado na Gerência de Assistência em Prevenção de Incapacidades (GPI), onde o paciente encontra não apenas os serviços de fisioterapia convencional, mas também ortopedia, adaptação de calçados, curativos, dentre outros, realizados por uma equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos.

“A fisioterapia tem uma grande importância no Alfredo da Matta, onde trabalhamos com a reabilitação dos pacientes com hanseníase, no sentido de reabilitar o paciente, para atividades no seu dia a dia; é trazer ao paciente a qualidade de vida, de viver de forma adequada na sociedade”, explica a subgerente de fisioterapia, Jaqueline Mendes.

Segundo Jaqueline, que também é fisioterapeuta e responsável pela subgerência de fisioterapia e reabilitação física da Fuham, a equipe se divide em diferentes atividades. “Nosso grupo é formado por cinco fisioterapeutas e um estagiário e fazemos o nosso serviço na parte de avaliação neurológica simplificada, também fazemos os serviços de adaptação de calçados e na parte de fisioterapia convencional”, explica.

A gerente da GPI, Alexandra Costa (foto), ressalta que os serviços são ofertados aos pacientes de hanseníase, mas também para pacientes de outras dermatoses, abrangendo aqueles que estão em curso no seu tratamento e também os que já tiveram alta, mas necessitam de algum acompanhamento posterior, específicos nesta área.

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“Nosso serviço visa prevenir, principalmente, o desenvolvimento de algumas disfunções geradas pelo acometimento dos nervos periféricos que causam sequelas nesses pacientes; também tratamos, com fisioterapia, para amenizar a dor; a ortopedia com acompanhamento médico; oftalmologia; tudo isso justamente para reestabelecer a vida física desse paciente e tentar reabilitá-lo”, explica Alexandra.

Para ter acesso a um dos serviços na GPI, o paciente precisa passar por um atendimento inicial no Alfredo da Matta. O paciente de hanseníase, por exemplo, é encaminhado pelo médico da própria Fuham, após atendimento e consulta nos ambulatórios.

Na GPI, são atendidos diariamente, em média, 20 pacientes. Eles têm acesso  a consultas e sessões de fisioterapia, com reabilitação neurofuncional (área de especialidade da fisioterapia que atua de forma preventiva, curativa, adaptativa ou paliativa nas sequelas resultantes de danos ao sistema nervoso); também têm acesso a consultas com oftalmologista, atendimento voltado a pessoas com sequelas ou em tratamento da hanseníase (já que a doença pode afetar olhos e a visão em si); e ortopedia, conforme a necessidade de cada paciente.

Na fisioterapia, os pacientes realizam atividades na sala de mecanoterapia, que conta com bicicleta, escada e treino para marcha; e na área de eletroterapia, que trabalha com analgesia e outros equipamentos, além da fototermoterapia, hidroterapia e testes de sensibilidade. Todo o procedimento é avaliado antes, durante e depois das sessões, para que se possa avaliar quando o paciente pode ter alta.

A GPI atende pacientes no mesmo horário de funcionamento da Fundação, de 7h às 17h, de segunda a sexta-feira.