
A medicina internacional celebra, neste domingo (1/10), o Dia Mundial da Urticária. Caracterizada, principalmente, pelo aparecimento de placas avermelhadas em qualquer parte do corpo, a urticária é uma irritação da pele que, na maioria das vezes, aparece e dura até um dia, não caracterizando uma doença, porém um sinal de que algo não foi bem aceito pelo organismo da pessoa, que está se manifestando. A ingestão de algum alimento ou medicamento é a causa principal do aparecimento das lesões.
A médica dermatologista Rossilene Cruz (foto abaixo), do quadro da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), instituição de assistência, ensino e pesquisa na área de dermatologia, ligada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), orienta que o melhor que a pessoa tem a fazer quando aparece esse tipo de irritação na pele é procurar um especialista. “A urticária, às vezes, é um sintoma de uma doença que ainda não se manifestou. Então, é importante procurar um especialista pra definir a causa. Ela (a urticária) pode ser uma reação alérgica, uma resposta rápida, de um alimento que o paciente comeu, e pode ser também por intolerância ligada ao fato da pessoa comer ou tomar, frequentemente, algum produto industrializado”, explica a dermatologista.
Ainda de acordo com a especialista, o tratamento mais comum pra urticária começa pela identificação da causa para, em seguida, a definição da medicação. “Pra controlar os sintomas, um anti-histamínico, ou em algumas situações para regredir o edema (inchaço), usa-se uma cortisona. Mas isso, sempre orientado por um médico especialista, que seriam um dermatologista ou um alergologista”, explica Rossilene Cruz.
A dermatologista também orienta que a urticária causa coceira e não apresenta bolhas. Além disso, uma lesão dessas características que dura mais que 24 horas não deve ser definida mais como urticária e o caso tem que ser investigado mais a fundo.

Números da doença
Nos últimos cinco anos, a Fuham atendeu a 451 pessoas que apresentavam alguma forma de urticária. A média de casos por ano se manteve entre 70 e 110 casos. A grande maioria foi de pacientes entre 30 e 49 anos, sendo mulheres as mais acometidas pela dermatose. Veja os números abaixo.
Casos de Urticária registrados na Fundação Alfredo da Matta:
2018: 110 casos
2019: 77 casos
2020: 79 casos
2021: 91 casos
2022: 87 casos
Fonte: Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia (DCDE) da Fuham.